Handebol 2º período

17/09/2014 07:54

Handebol

História

O Handebol moderno  foi praticado pela primeira vez na Dinamarca, em 1897  e  sua  ascensão  inicia-se  na  década  de  1910,  com  o  surgimento  do Handebol a 11,  impulsionado pelos parlamentares da Dinamarca, Alemanha e Suécia. Este Handebol a 11 começou a ser praticado através da iniciativa de alguns  professores  de  Educação  Física  alemães,  que  o  criaram  a  partir  do  Raftball (jogo com as mãos praticado no campo)  e  do  Konrad  Koch (forma primitiva do rugby).  O professor alemão Karl Chelenz, lançou o Handebol na Europa e apresentou melhorias nas  regras  do  jogo.  Nos jogos olímpicos de Amsterdam, 1928, foi  criada  a  Federação  Internacional  de Handebol Amador,  IAHF, e, em 1946,  foi criada a Federação  Internacional de Handebol, IHF. Com o passar do tempo foi criado o Handebol de quadra, com 7 jogadores, sendo que o primeiro campeonato mundial aconteceu em 1957 na Iugoslávia. Esta modalidade foi criada com o intuito de fugir do inverno rigoroso europeu e ganhar em movimentação e rapidez. (Federação Internacional de Handebol, 2007)

No Brasil, o Handebol apareceu sendo praticado nos grupos germânicos que habitavam o país, por meio de Emil Shemehlin, que trouxe o esporte, na versão praticada em campo, após a Primeira Guerra Mundial. Eram realizados também alguns jogos amistosos entre as colônias alemãs do sul e sudeste do país  já  em  1928.  Em  1954,  a  Federação  Paulista  de  Handebol  instituiu  o Handebol  de  salão,  realizando  o  I  Torneio  aberto  de  Handebol.  Assim,  a Confederação  Brasileira  de  Desportos  –  CBD,  criou  um  Departamento  de Handebol,  responsável  por  organizar  os  torneios  e  campeonatos  brasileiros. Em 1971, o esporte  foi  incluído nos  III Jogos Estudantis Brasileiros,  realizado em Belo Horizonte  - MG,  difundindo  assim  pelos  outros  estados. A partir de então vários  foram  os  acontecimentos  que  representaram  a  difusão  do esporte,  como  a  inserção  nos  Jogos  Universitários,  a  realização  do campeonato  adulto,  a  fundação  da  Confederação  Brasileira  de  Handebol (1979), a participação nos  jogos olímpicos de Barcelona (1992), a criação das federações estaduais, etc. (Federação Internacional de Handebol, 2007).

No entanto a origem dos esportes sempre será uma incógnita, afinal existem várias polêmicas para precisar a origem dos esportes e com o Handebol não seria diferente. O gesto de arremessar um objeto a certa distância, com precisão e pontaria é tão velho quanto à própria humanidade.

O handebol introduzido nos Jogos Olímpicos durante a edição de Berlim 1936, apenas com o torneio masculino. Após um longo período de ausência, o esporte retornou novamente em solo alemão para os Jogos Olímpicos de 1972 em Munique. O torneio feminino foi introduzido na  Olimpíada de 1976 em Montreal

Em Pequin 2008, a França foi campeã no masculino e a Noroega no feminino. O Brasil não chegou a ganhar medalhas nos jogos olímpicos.

Para saber mais pesquise sobre a participação do Brasil nas Olimpíadas e nos Campeonatos Mundiais.

 

Handebol e Outras Práticas

 

A prática do handebol pode ser proporcionada de diversas formas. A reprodução de sua forma institucionalizada (como assistimos na televisão) é a mais comum. Porém, este esporte apresenta vivências em forma de pequenos e grandes jogos. Por exemplo: Praticar a queimada usando as três passadas do Handebol. Dividir a classe em quatro equipes e proporcionar um jogo bem diferente. Modificar a regra retirando a progressão com a bola, isto é, o jogador pode movimentar-se apenas sem a bola.

      Nas vivências do jogo além da habilidade em saltar, correr, driblar, arremessar, posicionar-se taticamente, conhecer a função dos jogadores e as regras, é necessário trabalhar a cooperação dentro da equipe e com a outra equipe, o respeito às regras e aos árbitros (que podem ser os estudantes), o saber vencer e perder, respeito e tolerância as limitações alheias (menor habilidade, sexo oposto, necessidades especiais).

 

Fundamentos básicos e habilidades motoras

 

Os fundamentos básicos do handebol compreendem:

  • Passes: frontal, frontal picado, baixo, por cima da cabeça, de costas;
  • Progressão: drible, três passadas e seis passadas;
  • Arremessos: apoiado, em suspensão, 7 metros, pronação.

As habilidades motoras estão presentes nos gestos motores que envolvem os fundamentos básicos: correr, saltar, arremessar, rolar (após uma queda), coordenar movimentos (quicar, correr, saltar e arremessar de forma simultânea ou concomitante).

A tática compreende o posicionamento dos jogadores em quadra. Este posicionamento depende das características da própria equipe e da equipe adversária:

            - O jogador e a bola

            - O jogador, a bola e o gol

            - O jogador, a bola, o gol e o companheiro

            - O jogador, a bola, o gol, o companheiro e o adversário.

            Assim, os jogadores podem apresentar as seguintes formações:

  • 6-0 (faça o desenho e anote as explicações)

 

 

 

 

  • 5 – 1 (faça o desenho e anote as explicações)

 

 

 

 

  • 4 – 2 (faça o desenho e anote as explicações)

 

 

 

 

  • 3 – 3 (faça o desenho e anote as explicações)

 

 

 

 

  • 2 – 4 (faça o desenho e anote as explicações)

 

 

 

 

  • 1 – 5 (faça o desenho e anote as explicações)

 

 

Serão apresentadas as principais regras do handebol. Este conteúdo tem como finalidade rever os conhecimentos já adquiridos no ensino fundamental.

A quadra de jogo é um retângulo com 40 metros de comprimento e 20 metros de largura e consiste de duas áreas de gol e uma área de jogo. Os lados maiores são chamados de linhas laterais e os lados menores são chamados linhas de gol (entre os postes da baliza) ou linhas de fundo (em ambos lados da baliza). 

A baliza é colocada no centro de cada linha de fundo. As balizas devem estar firmemente fixadas ao solo ou nas paredes atrás delas. Elas medem 2 metros de altura e 3 metros de largura no seu interior. Os postes e a barra transversal devem ter uma secção quadrada de 8 cm.

Em frente a cada baliza, há uma área de gol. Esta área de gol é definida por uma linha de área de gol (linha de 6 metros). A linha de tiro livre (linha de 9 metros) é uma linha tracejada a 3 metros de distância da linha da área de gol.

A linha de 7 metros é uma linha com 1 metro de comprimento, marcada diretamente em frente de cada baliza.

A linha de limitação do goleiro (linha de 4 metros) é uma linha de 15 cm de comprimento.

A zona de substituição (um segmento da linha lateral) se estende a uma distância de 4,5 metros da linha central para cada equipe. Este ponto final da zona de substituição é prolongado por uma linha que é paralela a linha central, se estende 15 cm dentro da quadra e 15 cm fora da quadra. A substituição acontece sem a necessidade de interrupção do jogo, porém um jogador deverá deixar a quadra antes que o substituto entre.

A duração normal da partida para todas as equipes com jogadores de idade igual ou acima de 16 anos, é de 2 tempos de 30 minutos. O intervalo de jogo é normalmente de 10 minutos. A duração normal da partida para equipes de jovens é 2 X 25 minutos no grupo de idade entre 12-16 anos e 2 X 20 minutos no grupo de idade entre 8-12 anos, em ambos os casos o intervalo de meio tempo é normalmente de 10 minutos. 

Uma prorrogação é jogada, após 5 minutos de intervalo, se uma partida acaba empatada no final da duração da partida e um vencedor tem de ser determinado. A prorrogação consiste de 2 períodos de 5 minutos, com um intervalo de 1 minuto. 

Se o jogo continuar empatado depois do primeiro tempo extra, um segundo tempo extra é jogado após um intervalo de 5 minutos. Este segundo tempo extra também tem 2 períodos de 5 minutos com um intervalo de 1 minuto. 

Se o jogo ainda estiver empatado, o vencedor será determinado de acordo com o regulamento particular da competição. 

Uma equipe consiste de 12 jogadores. Não mais de 7 jogadores podem estar presentes na quadra de jogo ao mesmo tempo. Os demais jogadores são substitutos. 
Durante todo o tempo do jogo, a equipe deve ter um dos jogadores na quadra designado como um goleiro. Um jogador que está jogando na posição de goleiro pode se tornar um jogador de quadra a qualquer momento. Do mesmo modo, um jogador de quadra pode se tornar um goleiro a qualquer momento. Uma equipe deve ter pelo menos 5 jogadores na quadra no começo do jogo. O número de jogadores da equipe pode ser aumentado até 12, a qualquer momento durante o jogo, incluindo o período-extra.
O jogo pode continuar, mesmo se uma equipe ficar reduzida a menos de 5 jogadores na quadra. Depende dos árbitros julgar se e quando o jogo deve ser dado por encerrado

Os reservas podem entrar no jogo, a qualquer momento e repetidamente, sem notificar o secretário/cronometrista, desde que, os jogadores que eles vão substituir já tenham deixado a quadra.

O goleiro: tocar a bola com qualquer parte do seu corpo enquanto numa tentativa de defesa, dentro da sua área de gol.

Sair da área de gol sem a bola e participar do jogo no terreno de jogo; enquanto fizer isto, o goleiro se sujeita às mesmas regras aplicadas aos jogadores na área de jogo.

O goleiro é considerado fora da área de gol tão logo qualquer parte de seu corpo toque o solo no lado de fora da linha da área de gol.

Somente ao goleiro é permitido entrar na área de gol. A área de gol, que inclui a linha da área de gol, é considerada invadida quando um jogador de quadra a toca com qualquer parte de seu corpo. Porém, após um arremesso (salto) o jogador pode pousar na área de gol, desde que não atrapalhe a ação do goleiro ou do adversário.

Um tiro de 7 metros é assinalado quando: 

  1. uma clara chance de marcar um gol for impedida em qualquer lugar da quadra, por um jogador ou oficial de equipe da equipe adversária; 
  2. há um apito não autorizado no momento de uma clara chance de marcar um gol; 
  3. uma clara chance de marcar um gol é destruída através da interferência de alguém não participante do jogo.

Punições

Entre muitas situações que surgem no jogo de Handebol, algumas delas estão listadas abaixo, dentre elas está como punir os jogadores.

Uma jogador poderá ser punido com uma advertência (cartão amarelo) ao cometer uma falta repetitiva (de forma progressiva) ou atitude antidesportiva.

Devem-se punir, com exclusão de 02 minutos, os jogadores que praticam falta de substituição, faltas repetidas, conduta antidesportiva, etc.
A exclusão, que será sempre de 02 minutos, poderá ser atribuída ao mesmo jogador por até duas vezes durante a partida; na terceira vez que for aplicada a um mesmo jogador, este mesmo será desqualificado da partida.
Durante a exclusão de um jogador, a equipe deverá permanecer com menos um jogador, portanto, não podendo substituí-lo.
Com relação à desqualificação, a mesma deverá ser aplicada, entre outras situações, quando ocorre uma conduta antidesportiva, faltas de jogo que sejam relacionadas à agressão física, agressão física, etc.
Em se tratando de expulsão, a mesma deverá ser aplicada aos jogadores que forem responsáveis por agressão.

Referências

 

ACSM. Programa de condicionamento físico da ACSM. 2. ed. São Paulo: Editora Manole Ltda, 1999.

BETTI, M. Educação Física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.

BRACHT, V. Esporte-estado-sociedade. Campinas: Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 10, n.2, p. 69-73, jan. 1989.

Federação Internacional de Handebol. Handebol - Regras Oficiais 2006 – 2009. Editora: Phorte, 2007.

HUIZINGA, Johan. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5 ed. São Paulo: Perspectiva, 2007. P. 33.

KENNEY, W. L. et al. Manual do ACSM para teste de esforço e prescrição de exercício. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Revinter Ltda, 2000.

MARINS, João Carlos Bouzas; GIANNICHI, Ronaldo Sergio. Avaliação e prescrição de atividade física: guia prático. 2 ed. Rio de Janeiro: Shape, 1998.

TUBINO, Manoel José Gomes. Dimensões sociais do esporte. São Paulo: Cortez, 1992.

WEINECK, J. Treinamento ideal: instruções técnicas sobre o desempenho fisiológico, incluindo considerações específicas de treinamento infantil e juvenil. São Paulo: Manole, 1999.