Futsal / 6 período

04/12/2014 11:11

História do Futsal

                O Futebol de Salão tem duas versões sobre o seu surgimento, como em outros esportes, há divergências quanto a sua invenção. Há uma versão que diz que o Futebol de Salão começou a ser jogado no Brasil por volta de 1940 por freqüentadores da Associação Cristã de Moços, em São Paulo, pois havia uma grande dificuldade em encontrar campos de futebol livres para poderem jogar e então começaram a jogar suas "peladas" nas quadras de basquete e hóquei. No inicio jogavam-se com cinco, seis ou sete jogadores em cada equipe mas logo definiram o número de cinco jogadores para cada equipe.
                As bolas usadas eram de serragem, crina vegetal ou de cortiça granulada mas apresentavam o problema de saltarem muito e freqüentemente saiam da quadra de jogo. Então tiveram seu tamanho diminuído e seu peso aumentado. Por este fato o Futebol de Salão passou a ser chamado de "O Esporte da Bola Pesada".

                Temos também a versão que, o Futebol de Salão foi inventado em 1931 na Associação Cristã de Moços de Montevidéu/Uruguai, pelo professor Juan Carlos Ceriani, que chamou este novo esporte de "Indoor-Foot-Ball".
                Destaca-se em São Paulo o nome de Habib Maphuz, que muito trabalhou nos primórdios do Futebol de Salão no Brasil. O professor da ACM de São Paulo, Habib Maphuz no inicio dos anos cinqüenta participou da elaboração das normas para a prática de várias modalidades esportivas, sendo uma delas o futebol jogado em quadras, tudo isto no âmbito interno da ACM Paulista.
                Este mesmo salonista fundou a 1ª Liga de Futebol de Salão, a Liga de Futebol de Salão da Associação Cristã de Moços e após foi o 1º presidente da Federação Paulista de Futebol de Salão. Foi colaborador de Luiz Gonzaga de Oliveira Fernandes para a elaboração do 1º Livro de Regras de Futebol de Salão editada no mundo, em 1956.

                Apesar das divergências, o que se conclui é que o Futebol de Salão, nasceu na Associação Cristã de Moços, na década de 30 em Montevidéu ou na década de 40 em São Paulo.

                Vale salientar que hoje o futsal não é apenas praticado e assistido nos ginásios convencionais, o nosso esporte conta com vários Mundialitos disputados em arena especialmente construída, a céu aberto, na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, por ocasião dos Festivais de Verão promovidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro nos anos de 1995, 1996 e 1998, sagrando-se campeão em todos, além de ser amplamente divulgado nos meios de comunicação, inclusive com cobertura televisiva sistemática. O Brasil participou de dez edições do Campeonato Mundial de Futsal (três organizadas pela Fifusa, e sete pela Fifa), tendo sido o país-sede em 1982 e 2008. Incluindo-se os três primeiros Mundiais, a seleção brasileira foi sete vezes campeã (em 1982, 1985, 1989, 1992, 1996, 2008 e 2012) e duas vezes vice-campeã (em 1988 e 2000), tendo uma única vez ficado fora da decisão no torneio de 2004. Em 2013 o Brasil foi vencedor do Grand Prix. Muitas informações podem ser acessadas no site da Confederação. Disponível em: https://www.cbfs.com.br/2009/selecao/titulos.php

 

Características do Jogo de Futsal

                A quadra de jogo será um retângulo com o comprimento de 40 metros e largura de 20 metros. As linhas demarcatórias da quadra, na lateral e no fundo, deverão estar afastadas 2 (dois) metros de qualquer obstáculo (rede de proteção, tela, grade ou parede). (Mais informações: https://www.cbfs.com.br/2015/futsal/quadra/index.html)

                É composto por: Área de Meta, Penalidade Máxima, Tiro Livre sem Barreira (linha imaginária de 10 (dez) metros), Zona de Substituições, Metas (Gols), Local para o Representante, Local para os Atletas Reservas e Comissão Técnica, Placar ou Mostrador e Cronômetro Eletrônico.

                A partida será disputada entre duas equipes compostas, cada uma, por no máximo de 5(cinco) atletas, um dos quais, obrigatoriamente, será o goleiro. É vedado o início de uma partida sem que as equipes contem com um mínimo de 5(cinco) atletas, nem será permitida sua continuação ou prosseguimento se uma das equipes, ou ambas, ficar reduzida a menos de 3 (três) atletas.

                A substituição dos jogadores é ilimitada e acontece sem a enterrompimento do jogo, porém um jogador somente entrará em quadra após a saída do jogador que será substituído.

                O número máximo de atletas reservas, para substituições, é de 7 (sete).

                O tempo de duração de uma partida (sexo masculino e feminino) para a categoria adulto, sub-20 e sub-17 serão de 40 minutos, cronometrados, divididos em dois períodos de 20 minutos cada, com tempo máximo de 10 minutos para descanso entre ambos. Para a categoriaa sub-15, será de 30 minutos, dividido em dois tempos de 15 minutos. Para outras categorias, faixas etárias menores, as entidades estaduais deverão determinar ou homologar a fixação de tempo especial de duração da partida.

                Serão consideradas como Faltas Acumulativas todas as faltas sancionadas com um tiro livre direto previsto na Regra 12. A partir da 6ª (sexta) falta acumulativa de cada equipe, em cada período de jogo, é vedado à formação de barreira de atletas. A partir da 6ª falta acumulativa, a equipe que cometer qualquer infração, punível com tiro livre direto, na meia quadra adversária ou em meia quadra entre a linha divisória da quadra e a linha imaginária, paralela à linha divisória da quadra projetada na marca do tiro livre sem barreira para as laterais, o árbitro determinará que, para a cobrança dessa falta contra a equipe infratora, seja a bola colocada na marca dos 10 (dez) metros.

Fonte: https://www.pedagogiadofutsal.com.br/regra_13.aspx / https://www.pedagogiadofutsal.com.br/historia.aspx / https://www.cbfs.com.br/2015/

 

Faltas e Incorreções

Para que uma atitude seja considerada falta, deve-se considerar os seguintes aspectos:

  • Ter sido cometida por um jogador em quadra ou reserva;
  • Precisa ter sido realizada na superfície do jogo e enquanto a bola estiver em jogo.

As faltas são penalizadas com o Tiro Livro Direto e Tiro Livro Indireto:

Tiro Livre Direto

O tiro livre são os chutes cobrados após a paralisação do jogo depois de alguma infração cometida na partida. O tiro livro direto é concedido a uma equipe quando o jogador adversário apresentar as seguintes atitudes: dar pontapé, derrubar o jogador do outro time, bater, cuspir, tentar segurar o adversário, empurrar o adversário, oferecer perigo a outro jogador de maneira imprudente ou praticar uma jogada que atinja de forma perigosa qualquer jogador. A falta é anotada para a equipe e caso ela ocorra na área penal de quem cometeu, a equipe adversária executará uma cobrança de uma penalidade máxima.

Tiro Livre Indireto

Será cobrado quando o jogador adversário apresentar as seguintes atitudes: ficar com a bola por mais de 4 segundos na área penal, se o goleiro tocar ou controlar a bola que venha de um tiro lateral ou de canto cobrado por um companheiro, tentar retirar a bola das mãos do goleiro, prender a bola, tentar enganar o adversário se passado por um companheiro de time, tentar retardar o tempo da partida, impedir que o goleiro lance a bola com as mãos, etc.

Tiro Livre Sem Barreira

é uma penalidade, sem que haja jogadores do outro time, exceto o goleiro, da bola até a meta adversária. A marcação para a cobrança dessa penalidade é de 10 metros do ponto central da meta. Outra marcação referente a essa penalidade é uma linha traçada 5 metros depois da linha de fundo que corresponde ao local onde o goleiro pode se adiantar nessas cobranças de tiro livre sem barreira.

Tiro de Canto

A marcação de quadra dessa penalidade (saída de bola sendo que ultimo toque na bola tenha sido do time que esteja defendendo a meta de tal linha) está nos cantos da quadra. É marcada por ¼ de círculo (90 graus), tendo um diâmetro de 25 cm (o centro desse ¼ de círculo é o vértice da quadra).

Cartões

Um jogador pode ser punido com cartões amarelo ou vermelho por infringir uma regra do jogo. Uma atitude antidesportiva pode ser punida com um cartão amarelo. Um jogador ao receber um segundo amarelo no jogo receberá automaticamente o cartão vermelho e não poderá mais participar do jogo. Porém, uma atitude violenta, ou um gesto ofensivo ou grosseiro poderá ser punido com um cartão vermelho. Ao receber o cartão vermelho o jogador deverá deixar o local de jogo imediatamente e poderá ser substituído após decorridos 2 minutos de jogo, ou quando sua equipe sofrer um gol.

 

Fonte: https://www.pedagogiadofutsal.com.br/regra_11.aspx

 

Fundamentos técnicos básicos do futsal

- Passe: O passe nada mais é do que a forma mais básica de comunicação entre dois jogadores. De acordo com Melo e Melo (2006) o passe é a forma de transportar a bola entre dois ou mais elementos de uma mesma equipe.

- Finalização ou chute ao gol:

    Considerado por Costa (2007) como um dos principais elementos técnicos do futsal, é o fundamento com maior poder de decisão durante uma partida. Caracteriza-se por bater na bola com o pé, cabeça ou outra parte do corpo, fazendo com que essa vá em direção ao gol (Santini e Voser, 2008). Também segundo Costa (2007), é a força que o atleta imprime na bola objetivando o gol na equipe adversária.

- Recepção, domínio ou controle de bola

    Recepção, domínio ou controle de bola é a habilidade em que o jogador amortece a bola e, sobretudo a conserva próxima de si, procurando, dessa forma, manter sua posse (Santos Filho, 2002). Para Melo e Melo (2006) esta ação nada mais é do que a forma com que o jogador recebe a bola com as diferentes partes do corpo desde que com isso, a bola fique sob seu controle. Costa (2007) diz que domínio é a forma de amortecer a bola ou recebê-la, visando dar seqüência as ações de jogo. Este fundamento técnico é de grande importância no jogo, pois um domínio mal feito pode resultar em gol da equipe adversária.

- Condução

    Segundo Tenroller (2004), é o movimento de levar a bola próximo aos pés, de maneira que ela esteja sempre ao alcance do condutor, que assim poderá agir prontamente, quer seja caminhando ou em velocidade. Uma condução com habilidade apurada requer ampla percepção espacial. Muitos torcedores definem esse jogador como inteligente, de fato, requer as inteligências motoras amplas, espacial e temporal a fim de ser bem sucedido nos jogos.

- Drible

    Denominamos drible como o recurso em que o jogador utiliza para, quando de posse de bola, ultrapassar o adversário sem perder o controle da mesma. De acordo com Mutti (3003), o ato de driblar é uma ação individual realizado com bola, que é o resultado de uma combinação de variáveis como equilíbrio, velocidade de arranque, agilidade, descontração muscular, ritmo entre outros, que tem por objetivo ultrapassar o adversário a sua frente. Para Costa (2007), drible é o gesto pelo qual o atleta busca ultrapassar um ou mais adversários, estando com a posse de bola sob seu domínio.

- Marcação

    Mesmo com muitos autores citando este fundamento em seus estudos como sendo de caráter coletivo, tendo em vista que ela é unidade da defesa, a marcação é realizada também de forma individual pela aproximação do adversário, objetivando roubar-lhe a bola, impedir seu recebimento ou impedir sua ação. É de fundamental importância para um bom resultado final em uma partida. A marcação pode ser individual, por zona ou combinada.

- Cabeceio

    Cabeceio nada mais é do que golpear a bola com a cabeça. Ele deve ser executado preferencialmente com a testa (parte frontal da cabeça) e com os olhos abertos, para que o jogador possa determinar com maior precisão para onde a bola lançada (Mutti, 2003).

Fonte: Fundamentos técnicos: a base do futasl. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 16, Nº 163, Diciembre de 2011. https://www.efdeportes.com/

Leitura obrigatória para a prova:

https://www.pedagogiadofutsal.com.br/interna_editoriais.aspx?id=31

https://www.foxsports.com.br/blogs/view/74065-por-que-o-futsal-nao-e-olimpico

https://www.cbfs.com.br/2015/futsal/quadra/index.html  A IMAGEM DA QUADRA DE FUTSAL ENCONTRA-SE TAMBÉM NA GALERIA DE FOTOS.